Nessa semana, eu me peguei pensando no quanto ainda fazemos coisas no piloto automático… planilhas que viram um labirinto, campanhas que demoram semanas para sair, reuniões para decidir o que já deveria estar rodando. 

Um retrato fiel de como muitas empresas ainda operam: complexidade acumulada, tempo desperdiçado, energia indo embora em tarefas que não deveriam mais existir.

E, ao mesmo tempo, vejo a IA tornando tudo isso mais simples, mais rápido, mais leve.

O mais curioso é que a maioria dos empresários com quem converso sabe disso. A dor não está na falta de percepção, mas na falta de tempo e de direcionamento claro para mudar o cenário. 

E é aqui que a inteligência artificial entra como uma alavanca real, e não como tendência.

Nesta edição, quero te convidar a pensar em eficiência de um jeito diferente: não só como corte de custos, mas como reconfiguração da energia da sua equipe.

A inteligência artificial saiu da teoria e entrou nas células da sua planilha, nos bastidores do seu conteúdo e nas entrelinhas da sua operação. Nesta edição, você vai entender como essas mudanças impactam diretamente produtividade, custo e vantagem competitiva.

O Excel sempre foi o canivete suíço das empresas. Mas agora, ele está virando um analista com inteligência artificial integrada. 

Com a nova função COPILOT, basta digitar um comando em linguagem natural direto na célula e a planilha responde com análises, resumos, classificações ou ideias. Tudo automatizado, dinâmico e integrado à lógica tradicional do Excel.

A nova função funciona como qualquer outra fórmula. Você pode usá-la isoladamente ou combinada com outras (IF, SWITCH, LAMBDA etc.). Os resultados são atualizados automaticamente conforme os dados mudam, sem precisar rodar scripts ou acionar plug-ins.

Isso significa que uma planilha pode agora identificar padrões, organizar informações e até gerar insights sem sair da sua estrutura original.

Se sua versão do Excel ainda não tem a função ativa, você já pode preparar seu time com uma simulação prática. O ideal é começar com um pequeno experimento de categorização de texto, como este:

Passo 1: Crie uma coluna com 10 a 20 comentários reais de clientes ou colaboradores.
Passo 2: Em uma nova coluna, insira a fórmula:

=COPILOT("Classifique este feedback como positivo, negativo ou neutro", A2:A20)

Passo 3: Analise os resultados, filtre por sentimento e discuta com o time o impacto de automatizar essa etapa.

Esse teste simples já mostra o potencial de ganho em produtividade e clareza.

A Meta lançou globalmente um recurso de tradução de voz com IA para Reels no Instagram e Facebook. Ele permite dublagem automática com preservação do tom de voz e sincronização labial, criando a sensação de que o criador está falando o idioma nativamente. 

Por enquanto, o recurso suporta inglês e espanhol e ainda não está disponível no Brasil, mas nos testes internos, conteúdos dublados tiveram aumento de 20% nas visualizações.
Esse avanço muda o jogo do conteúdo digital. 

Ainda que o Brasil esteja temporariamente fora da funcionalidade, a lógica por trás da tecnologia já deve guiar a preparação de equipes de marketing e conteúdo. 

Dublagem automática com IA pode dobrar o alcance de vídeos, abrir portas para novos mercados e eliminar custos de tradução, locução e edição.

O ChatGPT agora possui um conector oficial com o Canva. 

Isso permite que qualquer usuário descreva em linguagem natural o que deseja criar (posts, convites, apresentações, artes institucionais), e o agente do ChatGPT opera o Canva automaticamente, gerando o design conforme o pedido.

Essa funcionalidade reduz drasticamente o tempo gasto em tarefas visuais recorrentes. 

Para equipes enxutas de marketing, RH ou comunicação, representa uma automação de tarefas de baixa complexidade com alto volume. 

Além disso, elimina gargalos de design sem comprometer a padronização visual da marca.

A cada edição, nosso objetivo é transformar informação em ação. E agora que você viu onde a IA já está operando com eficiência real, aqui vão passos concretos para aplicar o que aprendeu ainda essa semana:

Não é a IA que está avançando rápido demais. Somos nós que ainda estamos presos em decisões lentas, processos engessados e modelos mentais antigos.

Toda semana, ao montar essa curadoria, eu vejo a mesma cena se repetir: ferramentas ficando mais acessíveis, mais poderosas e mais aplicáveis. E, ao mesmo tempo, empresas desperdiçando energia em tarefas que a IA já resolveu.

O desafio agora não é mais entender o que está mudando, é decidir o que fazer com isso. Essa é a diferença entre quem cresce com consistência e quem vive apagando incêndio.

Se essa edição te deu clareza ou te provocou, compartilhe com alguém do seu time usando o link https://news.viverdeia.ai/

Até semana que vem.